Eu só quero caminhar.
Só quero ter dores de cabeça.
Caminhar e ter dores de cabeça, que sejam fortes.
Durem por toda a jornada, só a dor e a estrada.
Quero me esquecer das aparências.
Não podemos nos preocupar com esse visual tão decadente.
Com pele e couro futuramente comidos por vermes.
Quero me esquecer que lembrei de algo um dia.
Eles procuram uma intensidade, algo em que acreditar.
Fogem do real sem chegar a qualquer outro lugar.
Existe um parâmetro de busca entre todos.
É realmente algo assustador conquistado aos socos.
E a melhor coisa do mundo se torna ter dores de cabeça.
Apenas caminhar e ter dores imensas de cabeça.
Caminhar só por caminhar, ver as estações mudando.
Que seja eterna caminhada ao nada sem nada.
Um comentário:
Fala André, como vai?
Sinto um Augusto dos Anjos neste texto, parabéns! Está muito bem elaborado.
abração
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